Mediação de Conflitos – Profa. Suely Buriasco

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* Essa é uma transcrição da entrevista realizada em 09 de dezembro de 2021, em que a professora Joyce Marini entrevista a Profa. Suely Buriasco.

 Introdução

Joyce Marini:

Olá queridos alunos, sejam todos muito bem vindos ao nosso canal. Hoje a entrevistada será a professora Sueli Buriasco. Ela é mediadora de conflitos, escritora, educadora, pós-graduada em Docência Superior com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, Coach, Embaixadora da Paz pela UPF – Federação para a Paz Universal, articulista do Jornal de Notícias e diversos sites, sempre abordando temas que incentivam o autoconhecimento, a busca pelo equilíbrio, harmonia e sabedoria. Consultora em Mediação Corporativa, Mediação de Conflitos, Coach atua em todo o país através de palestras, cursos, treinamentos em empresas e órgãos públicos e atendimento particular. Também é autora dos livros “Uma Fênix em Praga” e “Mediando conflitos no Relacionamento a dois”, ambos lançados pela Editora Novo Século de São Paulo, e também é coautora do livro “Conciliação e Mediação: Ensino em Construção”, lançado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados e o Instituto Paulista de Magistrados. Professora Sueli, seja muito bem vinda e nós realmente agradecemos muito por ter aceito o nosso convite.

Suely Buriasco:

Obrigada Joyce, uu é que tenho que agradecer pelo convite. Muito interessante. Tenho acompanhado as lives de vocês do seu canal, do Bruno, são muito boas, parabéns. E mais uma vez muito obrigada. Obrigada aos estudantes e a todos que nos ouvirão nessa live de hoje.

 

Leia a entrevista:

Joyce Marini:

Muito obrigada professora Sueli, mais uma vez. O tema de hoje é Mediação de conflitos. Gostaríamos de que a senhora nos pudesse esclarecer, Professora Sueli, no que consiste a mediação de conflitos?

Suely Buriasco:

Isso é interessante porque nós temos praticamente novo, no dia 26 de junho, agora, fez cinco anos da Lei da Mediação, no novo Código de Processo Civil. Apesar de que já trabalhávamos com mediação pela Resolução 125, que tem dez anos. Mas se a gente pensar em termos de Brasil, esse tempo é um tempo bastante recente.

A mediação sempre existiu. Data da antiguidade, onde uma pessoa, uma terceira pessoa, é chamada a facilitar a comunicação entre partes que estejam num conflito. Claro que da antiguidade para cá há vários precursores e foi havendo uma estruturação e hoje é um método adequado para a resolução de conflitos. Mas basicamente, para a gente entender, é uma terceira pessoa que é chamada no envolvimento de um processo, que pode ser um processo jurídico ou não, e que essa pessoa vai facilitar o entendimento, não basicamente a formação de um acordo, mas até dizer que não se quer um acordo é um entendimento. Então a gente vê bem, bem por esse lado aí.

E a mediação é isso, basicamente é isso. Às vezes as pessoas pensam assim, então ela é uma conversa? Não, ela vai bem além de uma conversa, porque o mediador ele tem o que a gente chama de ferramentas. Ele tem metodologia para fazer com que as pessoas se sintam ouvidas e passem a aderir ao processo da mediação. Ou seja, passa a ter vontade, se entendam naquilo, e passa a ter vontade de desenvolver, é uma forma de negociar conflitos.

 

Joyce Marini:

Excelente professora, deixou bem claro mesmo esse aspecto e tecendo um pouco mais de comentários. Qual é, então esse papel do mediador propriamente dito?

Suely Buriasco:

Joyce, isso é muito importante, porque principalmente quando nós estamos trabalhando com a mediação no Judiciário, as pessoas estão acostumadas, é a nossa cultura ocidental, de chegar lá e alguém vai resolver o problema dele. Então as pessoas, as partes, chegam sem entender direito, elas acham que o mediador vai atuar como um advogado, como um juiz, como alguém que vai dizer olha, eu estou certo, ele tá errado ou vai ser assim daqui pra frente. E o mediador não é nada disso. O mediador, ele não funciona, nunca, com nenhum tipo de imposição. O mediador não julga, o mediador não diz quem está certo. O mediador não faz programas para resolver, não força nenhum tipo de acordo. O mediador, a palavra que mais pode nos deixar claro nisso? O mediador, ele é um facilitador. Na verdade, nós, mediadores, entendemos que as pessoas quando estão em conflito, a emoção atrapalha a função mesmo do nosso cérebro de encontrar soluções. É o papel das emoções, as emoções são muito importantes né, Joyce? Não, não tem como. Tem gente que fala assim, “eu não sei”, “eu estou triste”. Nossa! Nós estamos vivendo um período de vida no mundo, que se a pessoa não sentiu triste em nenhum momento até agora, está alguma coisa está errada, ou está negando a realidade. Alguma coisa está errada. Então, as emoções, elas são importantes. Agora a gente precisa, eu não gosto muito da palavra controlar, mas é controlar no sentido de deixar fluir as nossas emoções, mas não deixar que elas tomem conta. Então, o papel do mediador é exatamente esta figura que está longe da emoção do momento. Então, de uma forma ele consegue ser mais neutro que a outra coisa que eu gosto de falar muito, né?

Todos nós, seres humanos normais, não somos neutros de forma limitada, porque a gente se comove com as histórias, enfim. Mas a ideia é que o mediador é aquela pessoa mais neutra possível, que não participa daquela questão emocional que está sendo travada, e que desta forma, ela consegue estabelecer um diálogo entre as partes.

Aí você pode me dizer, mas Sueli, como é que vai dialogar se não consegue um falar com o outro? Então, a presença do mediador, usando as ferramentas adequadas, vai baixar essa bola, usando o termo que o brasileiro gosta muito, vai baixar essa bola, ou seja, vai fazer com que a pessoa respire e consiga entender o que está acontecendo. Então Joyce, quem é o mediador? Eu gosto muito de colocar isso nas minhas palestras. Sabe aquela imagem das pessoas que você só vê os braços, as pernas, as pessoas estão brigando e tal e está tudo escuro ali, elas não estão enxergando, as pessoas estão agindo sem enxergar. Esse é o confronto, é o conflito pronto, estabelecido.

O mediador é aquela figura que fica fora desta bola, fora dessa nuvem, e aqui de fora ele consegue atuar. E aí que ele vai conseguir fazer com que as pessoas respirem e consigam entender o que elas, elas próprias, têm condições de resolver. O mediador não resolve nada. Ele simplesmente, faz isso, facilita o entendimento para que as partes envolvidas, estas sim, se resolvam.

 

Joyce Marini:

Perfeito, professora. Ficou muito claro, inclusive com essa ilustração que a senhora acabou de citar. E diante disso, nós poderíamos pontuar quais são as vantagens da mediação de conflitos?

Suely Buriasco:

Então as vantagens são inúmeras, e é por isso que ela é muito usada na Europa, já há muito tempo, nos Estados Unidos, aqui perto de nós, mais pertinho, é muito usada na Argentina. E nós aqui estamos caminhando como eu coloquei.

Os benefícios se você prestar atenção, os benefícios, olha o nome Mediação de conflitos, os benefícios chegam nos conflitos. Conflito é inerente ao ser humano. Todos nós entramos em conflito. A gente entra em conflito até conosco mesmo. Mas o que que é esse conflito?

O conflito, na verdade, ele por si só ele é neutro. Esse aqui tem uma vontade. Esse aqui tem outra vontade. E as pessoas acreditam que as duas ideias não conseguem conviver juntas. Pronto, estabeleceu se o conflito. Ele é inerente ao ser humano, porque nós somos seres pensantes.

Então nós vamos conversar sobre algum assunto. Joyce, você vai me falar uma coisa; eu vou dizer: Joyce, eu não concordo com isso, eu vejo de outra forma. Necessariamente é um conflito, mas necessariamente não precisa daí sair um confronto, porque você pode dizer, mas Sueli, argumentar, dialogar, e aí nós vamos resolver aquilo antes mesmo que vire um confronto. Ou também depois que virou o confronto, que a mediação entra nesse pré e também entra no pós. Ela funciona no pré, no durante e no pós. Eu sou apaixonada pela mediação, mas é uma realidade.

Eu trabalho com a mediação há uns 15 anos, quando ninguém estava falando em mediação. Eu lembro quando eu fiz o primeiro curso, um professor falou assim e vocês vão ver falar em mediação em tudo: vocês vão falar em mediação, em novelas, vocês vão ver, falar em mediação em tudo. E foi rapidinho, é exatamente isso que aconteceu, porque as pessoas compreenderam, Joyce que é bom você se entender. É bom porque você se torna protagonista da resolução. Não é a outra pessoa que te diz que você tem que fazer determinada coisa. Você chega a essa conclusão conversando, trocando argumentos.

Então os benefícios vão desde a vida pessoal, desde cuidado do ser humano, porque nós entramos em conflito até conosco mesmo, né? Às vezes a gente tem uma ideia e aí vem outra ideia e a gente fica naquela indecisão. Aí tem aquele que fala que é aquele o diabinho e aqui é o anjinho e a gente fica na coisa. Na verdade, não tem diabinho, nem anjinho é a gente mesmo.

Às vezes a gente quer uma coisa, mas não deveria. Então a gente entra em conflito. Como é que eu faço para lidar com isso? Procura olhar de fora como um mediador. Então a mediação, ela vem desde a sua vida pessoal.

Em relação a pré processos, ou seja, processos que não chegaram a ir para o Judiciário procurar um mediador. Hoje existem câmaras de mediação em tudo quanto é lugar. Procurar um mediador antes, nesse caso, é a mediação extrajudicial. Você que busca e convida, normalmente é assim, há um convite para a outra parte. Enfim, você resolve, lida com a questão ou aumenta, na verdade, muita a possibilidade de resolver, antes de você ter que entrar no Judiciário. Também, então essa é uma vantagem.

Nesta forma, você usa das vantagens da mediação, que é a do sigilo. Ninguém fica sabendo, né? Então, por exemplo, problemas de empresas familiares, problemas de casamentos entre cônjuges, enfim, problemas em que você gostaria, problema da sua empresa que você não gostaria de expor, né?

Então a mediação é sigilosa e imparcial. Como eu já disse, ninguém vai dizer o que é certo ou errado. É um tipo de negociação que vai ficar ali naquele escritório, entre quatro paredes, porque o acordo de mediação, inclusive, é o acordo mesmo, utilizado mesmo dentro do Judiciário. É um acordo onde não consta aquilo que foi discutido, só consta aquilo que se resolveu. Então sabe aquelas coisas que lavam a roupa em casa, arrumam a roupa suja em casa? É isso. Então, o sigilo é uma coisa, é muito forte, é um benefício muito grande.

E depois nós vamos para o Judiciário, o pré processo, mas já dentro do Judiciário, vai aliviar muito a carga do Judiciário. Porque se as pessoas, e aí nós temos um número entre 50 e 5 e 60% de processos que são resolvidos pela mediação no pré processual, ou seja, dá um alívio para o Judiciário.

Porque nós sabemos que o nosso Judiciário, até por causa da nossa cultura, que é uma cultura bastante adversarial. Eu quero ir, porque eu quero que um juiz diga que eu estou certo. Não, não, não. Eu quero que o juiz me diga. Só que aí o que acontece? Existem situações, uma vez um juiz fez todo um relatório demonstrando todo o processo de um roubo de uma melancia. Então quer dizer, envolve o judiciário de uma forma e a mediação ela vem, nesse caso, tanto a mediação como a conciliação vem para desafogar, a ideia e desafogar o Judiciário, sem causar danos para as partes. Muito pelo contrário, dando às partes maior opção, maior opção de pensar, maior tempo, porque a mediação ela precisa de um tempo para que as partes amadureçam e consigam por si só, resolver suas questões. E aí é feito um acordo, esse acordo homologado pelo juiz. Acabou o processo. Às vezes anos de processo.

Eu fiz muito, Joyce, no Judiciário, processos de inventários, inventários de 25 anos, 30 anos, que estavam ali parados, sem que as pessoas consigam entendimento. Uma vez a gente fez um, que eram tantas as partes envolvidas, tantos herdeiros, que a gente fez na sala de júri, fez uma roda. E foi assim, ninguém olhava pra ninguém. Era assim. E aí a gente usou aquelas cadeiras com rodinha. De repente, as coisas, as pessoas foram se abrindo e aí um começa a falar com o outro. No momento em que um começa a falar com o outro, você sai da roda, sai. Ou seja, você está ali, mas você para de agir e deixa com que as partes ajam. É uma experiência linda, Joyce, porque você vê as pessoas tomando posse daquilo que é delas, porque quem é que tem mais condição de resolver um problema? Aquele que sabe onde o problema machuca, né? Então é uma coisa extraordinária. Aí você vê as pessoas se movimentarem e as pessoas conseguirem entrar num consenso. Então é assim. Essa experiência me marcou muito, porque foi o maior número de partes que eu já tive. Era realmente muita gente, né? E foi assim. Era, parece que era 30 anos de inventário, então foi uma coisa assim, bem, bem interessante. Então os benefícios realmente são muito expressivos. Sem dúvida alguma.

 

Joyce Marini:

Maravilha, professora. Realmente, conforme a senhora acabou de comentar, são inúmeros os benefícios de se recorrer à mediação de conflitos como uma forma de pacificar esses conflitos sociais de várias ordens. Muito obrigada por esclarecer. E agora, para podermos então repassar aos nossos acadêmicos de Direito quais ponderações poderíamos fazer da diferenciação entre a mediação de conflitos extrajudicial e a judicial, embora a senhora já citou também alguns aspectos, mas para nós pontuarmos bem qual seria essa diferença? Por favor.

Suely Buriasco:

Então Joyce, basicamente a diferença é essa: A do Judiciário é travada lá dentro do Judiciário. É o juiz que determina. Hoje já existem, eu formei me em várias turmas de mediadores, inclusive aqui no Mato Grosso do Sul. Hoje já o próprio Judiciário já forma esse mediador e ele atua lá dentro do Judiciário. Nesse caso, no pré processual, o juiz designa o mediador que vai processar a mediação, essa parte, o próprio encaminhamento do processo, já encaminha para a mediação. Hoje é assim desde a lei da mediação, ainda o Judiciário está buscando se formar nesse sentido, mas já está, já está aí, já está acontecendo. Nesse caso, então, vai haver a primeira sessão de mediação ou audiência de mediação e as partes podem ir mesmo na primeira sessão voluntária. Elas podem achar que não, que elas não querem e não ir para a frente. Tudo bem, o processo volta normal. Os trâmites são os trâmites normais mesmo. Esse eu gosto de falar isso porque tem pessoas que às vezes não entendem essa parte e falam tipo não, mas a mediação vai atrasar o processo. A mediação, jamais, vai atrasar o processo no Judiciário, porque a mediação ela caminha junto aos trâmites do Judiciário, entendeu? Então é o tempo que vai estar para os trâmites normais. É o tempo que você vai estar usando para você assumir a sua vontade de resolver aquele conflito utilizando-se da mediação. Então não tem atraso. Muito pelo contrário, a mediação, ela veio para melhorar o Judiciário, no sentido de dar mais velocidade e maior velocidade aos processos. Então não tem esse perigo. Esse no Judiciário.

Extrajudicialmente são as câmaras de mediação ou escritórios de mediação, que eu atuei muito no Judiciário. Hoje eu atuo em escritório de mediação.

Nesse caso, são as partes que elegem o mediador, elas que procuram o mediador. Quem elas querem, né? Já não é mais o juiz? Em que estágio pode ser feito? Qualquer estágio, como eu já falei, pode ser feito antes de haver um processo no Judiciário. Pode ser durante o processo, já está lá. Mas e daí? Funciona? Funciona. Se a gente fizer um acordo, mesmo extrajudicial, esse acordo vai entrar nos autos e vai ter todo o trâmite normal. Só que, claro, se já vem com um acordo, a possibilidade desse processo andar rapidamente é muito grande.

Então, o extrajudicial é isso, ele é feito fora. Ele pode ser no processo jurídico, mas fora do Judiciário, em algum escritório particular.

Normalmente, Joyce, deixa eu ver, normalmente a gente faz assim no extrajudicial, a gente faz o processo, há o índice, como te falei, é muito alto de de as pessoas cheguem a um acordo. E uma grande vantagem da mediação com as coisas que se de falar. É que se você entra naquele acordo porque você, pelos argumentos, achou que aquilo é bom para você, você vai cumprir o acordo. Diferente, se outra pessoa te passar, olha, se fizer tal coisa, entendeu? Então, normalmente, além do índice de acordo ser alto, ainda o índice de obedecer ao acordo também chega a ser 100% de obediência ao acordo.

Dificilmente a pessoa não obedece a aquilo que ela estabeleceu, né? Tem isso aí também é importante. Aí, a partir do momento que tem o acordo entre os advogados das partes que vão levar esse acordo e vão fazer todo o trâmite normal, que é uma coisa interessante para os acadêmicos de Direito ter essa visão de que a mediação não atrapalha o exercício da advocacia de forma alguma. É uma parceria, é junto quando os advogados trabalham, eu não sou advogado. Então quando os advogados trabalham juntos e mesmo o mediador, que é advogado, ele não pode atuar como se ele e se ele está atuando como mediador, ele não pode atuar como advogado, então vai precisar de advogado de qualquer forma. Só que vai resolver as coisas mais rápido e o volume vai ser muito melhor, os resultados para aquele advogado vão ser muito melhor. Então, a mediação de forma nenhuma ela atrapalha ou ela vai tirar trabalho. Eu já ouvi falar isso, Joyce ai, mas olha, o mediador vai tirar trabalho do advogado, mas como? A gente não consegue fazer sem o advogado, a gente pode até fazer tudo, porque às vezes o advogado não tem nem tempo e nem é da visão dele, do objetivo dele participar daquelas sessões em que nós vamos tratar de questões emocionais. Mas a partir do momento em que vai ser feito um acordo, só se faz o acordo com os advogados, com essa ajuda dos advogados, e com esse retorno quando já estiver no Judiciário, são os advogados que vão continuar com os trâmites aí necessárias.

 

Joyce Marini:

Excelente professora, esse esclarecimento dessa atividade em parceria. Muito bom, bem colocado. E qual seria a diferença entre mediação e conciliação?

Suely Buriasco:

Esse aí também é muito bom, porque existe aí uma confusão. Na verdade, eu falo em mediação, as pessoas falarem, Sueli seu olho brilha, porque realmente eu vejo a mediação como uma filosofia de vida.

E quando eu falo da intermediação em conciliação, não é que eu acho que a mediação é melhor que a conciliação e que são diferentes.

Pode parecer similar, mas não é para ir lá fazer um acordo, pode parecer similar, mas não é.

A conciliação funciona muito em casos pontuais. Pessoas que precisam resolver uma questão, e depois aquilo resolvido, cada um vai tocar a sua vida. São situações aonde não há um grande envolvimento emocional.

Na mediação, a gente lida com a emoção das pessoas. Então a gente busca saber como é que essas pessoas se sentem, procura fazer com que elas se sintam ouvidas. Procura fazer que um ouça o outro. Por quê? Porque vai haver um relacionamento continuado. Por exemplo, em divórcios em que existem filhos, aquela relação não vai acabar, vai acabar entre marido e mulher e vai continuar entre pai e mãe. E é bom que seja assim. É importante que seja assim.

Então a mediação ela vai fazer com que os acordos surjam a partir de um olhar para o outro. É um processo de mediação, Joyce, é um processo educativo, porque ele quebra muitos paradigmas. Então, depois que acabou esse processo de mediação, essa relação, ela tende a ser uma relação mais harmoniosa, porque as pessoas passam a entender. Não é aquela história de que fez aquele acordo, vamos nos abraçar e ser feliz para sempre. Ninguém está falando disso. Nós estamos falando de relacionamentos maduros, onde as pessoas entendem que elas precisam se dar bem com o outro. Ela não precisa conviver, não precisa de beijo, de abraço, mas ela precisa conviver porque existe interesses em comuns. É aí que nós trabalhamos com esses interesses em comum.

A mediação, ela trabalha com o que é bom para um e é bom para o outro. Aí você diz:  Não, realmente isso é bom para mim, isso aqui também. E então ali surge o acordo. O acordo surge dos interesses em comum.

A conciliação já é uma coisa pontual. Não importa o que vai acontecer depois. Uma batida no trânsito, algum problema, não me surge agora, mas um problema é que a pessoa depois não vai ter que continuar a conviver com aquela pessoa.

Por exemplo, vizinhos, se você vai continuar sendo vizinho da pessoa, é melhor você fazer uma mediação do que uma conciliação, né?

Na conciliação, o conciliador, ele pode ser mais impositivo, porque o objetivo da conciliação é fazer acordo. Então ele tem aquela história dos 50%, você cede aqui, o outro cede ali e a gente faz um acordo e deu e fechou. E aí você pensa assim, assinei aquilo para ficar livre. Ótimo.

Na mediação, não. Se você assinar um acordo de conciliação e continuar convivendo com aquela pessoa porque você deixou, fez um acordo só para ficar livre, o conflito vai continuar. Então, se você vai de alguma forma conviver com esta pessoa, de sei lá que tipo de convivência, mas se vai haver qualquer tipo de convivência, a mediação, ela vai chegar no 100%, ou seja, no ganha-ganha que a gente chama, eu não vou deixar, eu não vou perder alguma coisa para ficar livre, fazer o acordo. Não, eu quero ganhar para fazer esse acordo. Aí é o ganha-ganha, em que as duas partes se sentem felizes, se sentem satisfeitas com o acordo que foi feito. Tem um tempinho para te dar um exemplo?

Joyce Marini:

Claro, professora. Fique à vontade

Suely Buriasco:

Uma vez eu fiz uma mediação lá em São Paulo e já assim, logo no início, até do meu trabalho. Veio um casal para lidar com questões, era extrajudicial, para lidar com questão da de guarda, enfim, questões práticas.

Existia um sonho familiar que consistia em mudar do país e o casal trabalhava aquilo com os filhos. Os filhos é adolescentes, todo mundo esperando aquela promoção do pai. Queriam morar fora do país.

Acontece que surgiu uma traição e a separação, 6 meses depois que eles se separaram, saí a promoção e o sonho familiar se realiza e não tem mais a família daquela forma.

Isso criou um transtorno muito grande porque o pai queria, eu quero que você venha comigo, a esposa ou ex-esposa, são 6 meses separados, mas se você não quiser os meus filhos vem porque era o sonho deles. Eles querem ir. Eles queriam ir.

Agora pensa essa mãe, o sonho era dela também. Aí de repente fico, só eu. Eu fui a traída, fico só eu aqui e ele vai com os filhos e eu não participo desse sonho. Então a dor era muito grande, eles procuraram essa Câmara de Mediação em São Paulo.

Enfim, ele foi com a ideia, quem procurou foi ele, né? Ela foi convidada.

Ele foi ele com esta ideia, eu vou e vou levar meus filhos.

O que aconteceu na mediação? O que que eles fizeram? Sempre são as partes que fazem, a gente só facilita. Eles conseguiram se entender sobre coisas que eles nunca tinham conseguido falar nesses 6 meses. Ele deixou bem claro que realmente ele tinha tido um caso, mas que ele gostaria que ela voltasse. Ele gostaria de ir com a família.

Era julho, e fecharam o seguinte acordo, as crianças ficariam no Brasil até terminar o ano letivo. Ele ia sozinho nesse meio de ano e até lá ela ia pensar se ela ia pra fazer a pós dela, mas não que ela fosse ficar com ele, mas. foi feito um acordo.

Ele saiu de lá, a hora que ele levantou para ir embora. Ele pediu se ele podia me dar um abraço, Joyce. Eu fiquei assim, muito em assim, sabe, me sentindo muito encantada com aquilo.

Então você vê o que quer, a mediação. Ele não conseguiu o que ele queria. Ele chamou os mediadores porque a ideia dele era ie com toda a família. Mas se ela não quisesse ir com os filhos, mas no final ele entendeu que era melhor dar este tempo porque ele podia ganhar alguma coisa lá na frente, algo melhor.

Ele entendeu que era melhor para os filhos, né? Que esperasse o ano letivo e que talvez, então pudesse isso ser uma é conversando para final do ano.

Os dois saíram de lá, a gente já sente até algum clima. Então o que que é a mediação às vezes aquilo que a gente quer, eu quero, eu quero e acabou. Na mediação, você percebe que não é bem aquilo que você queria. Você quer mais do que aquilo?

E a mediação, te dá essa possibilidade, de você conseguir realmente articular o que é realmente bom para você e conseguir passar isso para outra pessoa.

Pensa bem, 6 meses sem conseguirem acertar seus ponteiros, diante da traição que aconteceu, e naquele momento eles conseguiram um falar pro outro dos seus sentimentos do que que era e tudo. Então é realmente incrível. Joyce. É realmente extraordinário.

 

Joyce Marini:

Com certeza, professora, essa é uma das milhares de outras experiências que a senhora pode desfrutar durante todo esse período, né? Que a senhora já mencionou dos seus 15 anos de trabalhos. E também me faz recordar muito bem o período da minha graduação na Universidade de Fortaleza, na Unifor, lá em Fortaleza, que em meados de 2003, 2004, nós já tínhamos um projeto da universidade que era destinado a justamente essas técnicas, então já como acadêmicos já era treinado, já era inserido, estimulado a conhecer a mediação, a conciliação.

Eu me recordo de participar de projetos de extensão nesse sentido, então é bem diferente mesmo. É muito diferente esse novo olhar do conflito. Porque a gente utilizava uma unidade, né? Separada, tem um escritório modelo de atendimento jurídico, mas tinha a unidade separada, que era para casos de mediação e conciliação.

E até o formato de receber essas pessoas é diferente. Como a senhora bem sabe, é uma mesa redonda que envolve justamente essa integração. É diferente da proposta que a gente sabe do judiciário, que é uma mesa retangular, que denota uma oponibilidade, 2 polos diferentes, opostos, por assim dizer.

Então, não que um método seja superior ao outro, mas é muito importante aqui, os nossos acadêmicos abrirem a mente que há muitos caminhos, há muitas possibilidades. Algumas soluções de conflitos terão que, pela sua essência, ser resolvidas no judiciário. Mas há muitas e muitas outras que podem ser pelo caminho da mediação, da conciliação.

Conforme a senhora, já bem ponto ou há muitas vantagens, né? Quando a pessoa ela constrói a resolução do conflito, você está atingindo o âmago da questão. Então não é só a solução material do conflito, mas são os conflitos internos de longo prazo. Como a senhora bem pontual desse caso aí do inventário que já faziam décadas, que estava em trâmite um inventário.

Então essa nossa discussão hoje, dessa entrevista, ela é excelente, ela clareia, ela abre a mente dos nossos acadêmicos para já ter esse discernimento da sua formação. De poderem pensar nessas soluções mais ampliadas. Não só lá no judiciário, lá no fórum, há muitos caminhos.

Muito obrigada, professora, por pontuar, trazer esses exemplos bem interessantes. E também gostaríamos de saber na mediação: Qual é, então, a conotação do conflito?

Suely Buriasco:

Então, um pouquinho antes, eu só quero falar uma coisa que você levantou ali, que eu achei importante, Joyce, que é a questão de que não tem, vai lá pela mediação que é melhor, vai pela conciliação que é melhor, não, melhor é ir direto pro do processo normal. Não existe isso. Cada caso é um caso, até porque tem muitas situações em que a mediação não vai funcionar, que precisa mesmo dos trâmites normais, né?

É, existem situações que estão assim, tão acirradas que a pessoa não consegue sair daquilo e ela realmente vai precisar dos trâmites normais. É muito bem lembrado. Na verdade, é uma porta a mais para o judiciário, é uma porta mais para a justiça. É, e não um ser melhor que o outro.

É muito bem lembrado isso. Existem situações, principalmente onde a mentira, onde a má fé, onde uma das partes tem interesse em manter o processo no judiciário, porque se a pessoa está levando vantagem, ela não quer fazer acordo.

Então, a mediação não vai é trazer aquele efeito, porque se ela, se ela está na posse de um bem, por exemplo, Joyce, ela não quer fazer acordo, porque se ela fizer acordo, ela vai ter que chegar no que é certo, né? Ou seja, ela vai ter que chegar e ver que o outro pessoa também faz parte daquilo. Como é que vai ser para aquilo, como é que vai ser feito? Então, ela precisa realmente dos trâmites normais no processo. Isso foi muito bem lembrado, obrigada, foi muito bem lembrado isso, né? Todos são importantes, porque cada caso é um caso. Nós somos seres humanos, somos únicos, cada caso é um caso, né? Então, é importante lembrar.

Em relação à sua pergunta quanto ao conflito? Isso aí é muito interessante, na nossa cultura, que é uma cultura adversarial, o conflito ele surge com uma conotação positiva. Mas como assim, né? Como é que o conflito vai ser uma coisa positiva? E é, vamos imaginar o conflito, como era visto, e durante décadas foi visto e até hoje de junto a essa questão adversarial é visto.

O conflito é visto de uma forma negativa, que atrapalha, é disfuncional. Ninguém levanta, né? Joyce, e fala assim, oba, hoje eu estou com vontade de entrar em conflito, vai lá e entrar em conflito, né? Poxa, pelo menos né? Uma vez eu falei isso num curso, a pessoa falou: Suely, tem dia que eu levanto querendo conflito, eu falei, pô, vai, então vamos pensar, você tem que pensar melhor, né?

Mas, enfim, normalmente a gente não vai levantar, até acontece, mas a gente não quer. Só que é inerente. Então é uma coisa que realmente acontece, o conflito acontece, né? Ela é disfuncional? Bom, quando a gente não consegue se entender as coisas não funcionam realmente. Se numa família, se uma família está em conflito as coisas começam a dar só problema dentro daquela família. Se uma equipe está, que eu faço também a mediação corporativa, trabalhando com equipes, então, se uma equipe, é membros da equipe estão em conflitos o rendimento, vai lá para baixo. Tanto que quando a gente faz a mediação corporativa, a equipe, o rendimento dá um, é significativo porque porque era o conflito que estava segurando, não é falta de motivação, é a questão do conflito que vai causar esse baixo rendimento na nossa vida pessoal e na nossa vida profissional.

O mediador ele vê a conotação positiva do conflito. Se o conflito é inerente, é porque é pelo conflito que a gente vai aprender, e tirar, é aquela história. Eu não tenho razão. Você não tem razão, mas nós juntos podemos construir essa razão. Podemos construir uma verdade que funcione para nós dois.

Então o conflito ele vem é como uma ferramenta de para aguçar a nossa criatividade. Nós estamos vivendo um conflito muito grande mundial. Não é com a pandemia? A tendência, eu não tenho a menor dúvida. Joyce, eu sou muito otimista, mas é uma questão de você, estudar a história da humanidade. Eu não tenho a menor dúvida que o mundo vai melhorar, mas existe um caminho, mas vai melhorar, porque no conflito a gente vai aprender a criar, é aí que a gente aprende.

Na zona de conforto, a gente fica sempre a vida inteira. Nasci, meu pai, um exemplo bom às é farmácia, né? Meu pai era farmacêutico, eu sou farmacêutico, chegou um ponto que as farmácias familiares foram perdendo terreno para as grandes redes. O que aconteceu? Esse farmacêutico teve que se reinventar. Se não era o neto, que ia ser, o bisneto que ia ser. Então a gente tem que sair da zona de conforto. Essa conotação positiva do conflito, ele vem como uma alavanca, se mexe, corre, porque você vai ter que se reinventar, né? Então nós vivemos um momento, esse conflito da pandemia que é um conflito que pegou várias, vai da educação, economia, enfim, vários níveis e as pessoas, Joyce vão ter que se reinventar.

E se a gente olhar a história da humanidade depois de um grande conflito as nações eclodem, as pessoas, às vezes perde um emprego, por exemplo, entra num conflito seríssimo. Acha que a situação está, não, ela vai atrás. Ela se reinventa e ela acaba sendo muito mais feliz.

Nós temos um estudo antes da pandemia em que mostrava uma quantidade de pessoas que chegando aos de aos dos 40 aos 50 anos de idade, com grandes cargos, diretorias em grandes empresas resolveram pedir as contas e cuidar de alguma, montar alguma coisa que era seu sonho e que estava crescendo muito isso.

E mesmo fiz, nesse caso, é coaching, né? Eu mesmo fiz o coach com várias pessoas que tiveram essa atitude, eu não quero mais trabalhar com isso, eu quero, eu cheguei a um ponto que eu quero trabalhar com o que eu amo, eu quero fazer o que eu amo. Então se reinventar e agora nós estamos sendo chamado a isso.

Então o conflito é positivo, o que não é positivo. Joyce é o confronto. Que é aquela história em que a pessoa não se flexibiliza, é assim, eu quero assim, eu quero assim, aí esta pessoa precisa de um mediador para ela entender que é possível, sem essa guerra, de uma forma mais harmônica. Então conflito é positivo, o conflito é importante. Tem um artigo meu, é que está no meu blog, no meu site, que diz conflito sim. Confronto não. Então é diferente.

Tem quem não fala o que tem vontade porque não quer brigar, ai não quero entrar em conflito, E aí você vai guardar isso, uma hora você estoura e aí você entra em confronto que é muito pior. Então o conflito é positivo. É legal.

Vamos lá, Suely, isso aí você está dizendo não, lógico, eu não estou dizendo que a pandemia é uma coisa positiva, né? Porque ela é um sofrimento, muita gente sofrendo. É uma coisa muito triste, o que está acontecendo é uma coisa muito triste, mas sempre é possível do conflito tirar coisas boas e daquilo melhorar sua vida. Então, é basicamente é isso. Nós olhamos o conflito de forma positiva.

 

Joyce Marini:

Superinteressante, professora essa sua colocação, e ainda seguir nessa linha de raciocínio com esse período que nós estamos vivendo da pandemia. Quais poderiam ser então, professora, a suas dicas, sugestões de como lidarmos com esse período?

Suely Buriasco:

Pois é, o período é realmente difícil. Como eu disse aqui, se você em nenhum momento, nós estamos aí há mais de 100 dias com esta situação. Eu estava no Senado, Joyce, no dia 13 de março, no dia que o Senado fechou, tinha um evento muito grande lá, que é um evento dos embaixadores da paz, inclusive com a presença do presidente, de vários senadores, primeira-dama, enfim, deputados é, um evento muito grande, de repente para, fechou tudo.

Suely pega as coisas do hotel, vai embora aquele aeroporto, ninguém sabendo direito o que está acontecendo. Então foi muito impactante pra todo mundo, né? Foi uma coisa assim que é, chocou.

E impossível a gente dizer que todo esse tempo a gente não sentiu nada, né? Eu acho que quem não sentiu nada ainda está num processo de negação. O que está acontecendo é muito sério, Joyce. É muito sério, mas não é o fim. É um começo. Então, qual é a dica, viver um dia de cada vez e procura se reinventar.

Eu trabalho muito dando curso, dando palestra, indo nas empresas. Ou seja, eu vou ter que reinventar essa situação, né? Estamos reinventando, né Joyce? Estamos inclusive aqui, nesse momento, nos reinventando, então, é não se deixar levar pelas suas emoções negativas. É normal sentir tristeza. É normal sentir medo, como não sentir medo? Medo é um sentimento normal. É um sentimento de defesa. Mas se você se deixar levar para o medo, ele vira um pânico e você não consegue fazer mais nada.

Então, tomar muito cuidado com estas emoções, deixá-las fluir, mas saber como, o momento em que você tem que olhar para dentro de si mesmo. A grande dica é essa, não tem como, esse momento é um momento em que somos chamados a olhar para dentro, a ver, e aqui eu não falo e religião, eu falo espiritualidade, o contrário do que é material, você tem que olhar, você tem que ver o lado espiritual das coisas para você viver um dia de cada vez e acreditar e trabalhar, porque não basta acreditar, né? Você precisa agir, então acreditar e agir, porque certamente dias melhores virão.

Mas nós temos que passar por esta fase e no final de um conflito, como sempre foi na história da humanidade. Tem aquele ditado, né? Vai ter os que choram e vai ter aqueles que vão vender os lenços, então seja aqueles que vão vender o lenço.

 

Joyce Marini:

Muito obrigada, professora Sueli, novamente por todas as suas colocações, todo o seu carinho, toda a sua atenção. A senhora é uma professora muito querida e com certeza abrilhantou mais aqui o nosso canal, trazendo esse tema sobre a mediação de conflitos, e com certeza os nossos alunos vão aprender muito mais sobre essa temática. Foi uma verdadeira aula. Muito obrigada novamente, professora.

Suely Buriasco:

Eu estou à disposição, quero me quero dizer da minha alegria, né? Porque estive com a com a Joyce, e estabelecer já tem alguns anos, né, Joyce? E esse vínculo que eu crio com os meus alunos é uma coisa que que me faz muito bem, então foi muito bom eu ter contato com você durante esse tempo. Receber esse convite me honrou muito, e eu é que só tenho que agradecer mesmo.

 

Joyce Marini:

Muito obrigada. E conforme a gente pontuou no começo, a senhora já publicou um livro é direcionado ao público jurídico, por assim dizer, né? Nessa temática da meditação. Se a senhora puder compartilhar também aqui com os alunos, né? Uma dica de leitura agora, nesse período da pandemia, né? Muito interessante também.

Suely Buriasco:

É muito interessante. Ele tem vários artigos, vários autores, que é que vão tratar do tema, conciliação e mediação. O nome do livro é conciliação e mediação, ensino em construção. Ele é, assim como um a manual mesmo, como agir, né? Então eu escrevi em coautoria com autores aqui que são meus professores na área. É realmente muito, muito interessante este livro aqui. Eu falo da minha experiência no judiciário como professora, como é treinadora e também com mediação corporativa dentro do judiciário, trabalhando com as equipes, né? Aos cartórios, harmonizando as relações: juízes e os servidores. Enfim, é um trabalho que eu, a que eu exponho, é uma ótima dica para os acadêmicos. Aí você já falou o nome, né? Agora estou te mostrando.

 

 

Fechamento

Joyce Marini – É muito obrigada. Em breve nós vamos estar postando a entrevista e vamos deixar para os alunos também o acesso a referência do seu canal também dos seus meios de comunicação que tratam dessa temática aí da conciliação, da mediação. Muito obrigada, e esperamos revê-la em breve, tá certo?

Suely Buriasco – Estou à disposição. Muito obrigada. Tudo de bom.

Joyce Marini-  igualmente. Tchau, tchau.

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