O edital do XXXIII Exame de Ordem foi publicado em 11 de agosto de 2021, com isso surgem muitas dúvidas a respeito de qual método de estudos utilizar para a preparação do exame de proficiência.
Primeiramente, é necessário saber qual é o seu estilo de aprendizagem: auditivo, visual e/ou cinestésico. O primeiro se relaciona com a necessidade de ouvir o que está sendo explicado, seja por meio de áudios, aulas, gravações, leitura em voz alta. Já o estilo visual contempla a importância da imagem para o aprendizado, quem nunca teve um colega que se lembrava da posição exata em que a anotação estava no caderno? Ou que AMA fazer mapa mental? O modo cinestésico, por sua vez, é aquele ligado aos movimentos do corpo, a pessoa necessita estar movimentando algo em si para aprender.
A descoberta do estilo de aprendizagem te auxiliará na escolha do método de estudo: apenas leitura, vídeo-aulas, mapas mentais, entre outros. Caso não tenha reconhecido qual deles se adapta a você, estude das mais variadas maneiras.
É importante frisar que a escolha do método de estudos utilizar deve partir de você. Evite copiar métodos de estudos dos outros só porque a pessoa conseguiu o que almejava. Cada indivíduo tem suas peculiaridades e possui um estilo de aprendizagem. Foi isso que a série de lives de nome homônimo à essa coluna tentou mostrar no Instagram @advanapedrosa. Cada participante mostrou que a conquista da tão sonhada Carteira de Ordem pode ser alcançada de maneiras diferentes.
Ainda que a escolha deva partir de você, se fazem necessários apontamentos sobre um método bastante peculiar e difundido entre oabeiros e concurseiros: o método de estudos reverso. A estratégia consiste em resolver as questões de provas anteriores, cuja a elaboração tenha se dado pela mesma banca e, se necessário, consultar um manual, na maioria das vezes resumido.
Realizei a prova do XXXI Exame de Ordem com essa técnica e fui aprovada. Cheguei até mesmo a indicá-lo a amigos e seguidores. Entretanto, a partir dos últimos Exames de Ordem, é possível notar o aumento da dificuldade das questões e a ampliação das conexões entre as matérias alvo do edital, o que coloca o método em cheque, já que pode ser insuficiente para as análises das questões.
A matéria de ética profissional, por exemplo, cujo número de questões corresponde a 10% (dez por cento) da prova, deixou de cobrar os famosos artigos referentes à inscrição na OAB e Direitos do Advogado para cobrar um conteúdo mais complexo e denso, como a organização da própria Ordem dos Advogados.
Observa-se que a OAB tem demonstrado que requer do examinando raciocínio crítico e não mera cópia de respostas dos exames anteriores. Sendo assim, é necessário que a revisão de conteúdos seja mais robusta. O termo revisão é utilizado porque o objetivo da Ordem é verificar a aptidão do candidato que passou por cinco anos de graduação. Por esse motivo, uma boa base teórica construída na graduação é um grande indicativo de sucesso no exame de aptidão profissional.
Em resumo, diante do atual nível de exigência da OAB em relação ao Exame de Ordem, o método de estudos reverso pode mais atrapalhar do que ajudar, já que o candidato pode ser pego desprevenido com matérias jamais cobradas. Ressalte-se que as questões antigas do Exame não devem deixar de ser feitas, pelo contrário, são importantes para avaliar o aprendizado. Contudo, não devem ser o objeto principal de estudo.
Diante do explicitado, entende-se que, atualmente, o método de estudos reverso não é indicado para a preparação do Exame de Ordem, devendo o candidato verificar qual método de estudos se adapta ao seu estilo de aprendizagem para, então, traçar estratégias para a aprovação.
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