“Bioética de Situações Emergentes”, “Bioética de Situações Persistentes” e “Bioética Interventiva” – entendendo os conceitos

“Bioética de Situações Emergentes”, “Bioética de Situações Persistentes” e “Bioética Interventiva” – entendendo os conceitos

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Dentro da Bioética temos a “Bioética de Situações Emergentes”, “Bioética de Situações Persistentes” e a “Bioética Interventiva ou de Intervenção”. A Bioética de Situações emergentes envolve o estudo de temáticas que surgiram nos últimos anos ou que trouxeram novos dilemas com o desenvolvimento tecnológico. No geral, são apontadas como exemplos as seguintes matérias: biotecnologia e engenharia genética, inteligência artificial, identidade genética, alimentos transgênicos, clonagem e células-tronco.

Situações persistentes envolve o estudo de temáticas e dilemas éticos que acompanham a humanidade a muito tempo, algumas delas por séculos. No geral, são apontadas como exemplos as seguintes matérias: aborto, eutanásia, exclusão social, racismo, relação médico-paciente, destruição da natureza (proteção ao meio ambiente numa vertente mais moderna), distribuição de recursos e medicamentos.

Por fim, a Bioética Interventiva ou de Intervenção propõe um avanço em relação a Bioética Universalista de Princípios, uma vez que entende que os países mais pobres e em desenvolvimento possuem realidades distintas dos países no qual a Bioética dos quatro princípios (não maleficência, beneficência, autonomia e justiça) se originou (EUA e Europa Ocidental).

Um dos principais expositores dessa corrente de pensamento no Brasil é o pesquisador Volnei Garrafa (professor de Bioética na Universidade de Brasília). Não se propõe uma ruptura com os princípios já consagrados. Na realidade, busca-se agregar outros valores principiológicos que atendam de forma prática as necessidades da população mais pobre, como, por exemplo: responsabilidade e solidariedade social, alteridade, prevenção, proteção e libertação dos excluídos.

A Bioética Interventiva também busca uma maior preocupação com a realidade regional ou local e a implementação de políticas públicas de saúde que possam atender o maior número de pessoas no maior raio possível. Também se preocupa com as questões sanitárias, problema especialmente crítico em países pobres e em desenvolvimento.

Obs: Para mais informações sobre a “Bioética Interventiva ou de Intervenção”, sugerimos a leitura da entrevista do Professor Volnei Garrafa no link: https://bit.ly/418IUCF

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