O Biodireito também se preocupa com a preservação de um meio ambiente saudável e sustentável, o que inclui o Bioma e a Biodiversidade. O Bioma se trata das características naturais de um espaço geográfico. Para se definir o Bioma de uma região são analisadas diversas características: vegetação, clima, altitude, relevo e biodiversidade.
No Brasil há seis biomas principais. No Bioma Amazônico se encontra a maior floresta tropical do mundo, sendo caracterizada pelo clima quente e úmido. A do Pantanal é caracterizada por conter diversas planícies alagadas. O Cerrado tem aspectos parecidos com a savana e é o segundo maior bioma do Brasil. A Caatinga é o mais seco e caracterizado pelo clima semiárido. A Mata Atlântica só possui cerca de dez por cento da sua cobertura original e está principalmente na região mais habitada do país (sudeste). O clima característico é o tropical úmido. Por fim o Pampa se concentra no sul do país, com campos planos e clima subtropical.
Dentro destes biomas podem ocorrer variações naturais, podendo uma mesma região apresentar áreas mais secas ou alagadas, altitudes maiores ou menores e assim por diante. Ademais, a ocupação humana também causa impactos na sua estrutura. Assim, as características acima mencionadas são gerais, porém não absolutas.
Biodiversidade se trata da diversidade de vida em nosso planeta. Ela é fundamental para que haja equilíbrio, tendo em vista que dependemos das substâncias e recursos da natureza. De fato, alimentos, materiais de construção, remédios, minerais e tudo o que sustenta a vida humana, animal e vegetal faz parte da Biodiversidade.
A diversidade genética, de espécies e de ecossistemas que compõem a Biodiversidade tem sofrido ameaças. Os cientistas apontam as seguintes razões para a extinção de espécies de plantas e animais e a erosão de ecossistemas:
– Altos índices de poluição do ar.
– Uso predatório de recursos naturais sem renovação.
– Expansão de monoculturas alterando o ecossistema e destruindo espécies.
– Alto índice de uso de pesticidas e herbicidas em plantações.
– Eliminação de resíduos em corpos de água (rios, lagos e mares).
– Introdução de animais em outros ecossistemas, gerando desequilíbrio na cadeia alimentar.
– Caça clandestina de animais por interesse econômico ou recreativo que provoca a extinção dos mesmos e acarreta desequilíbrio no ecossistema.
– Ocupação urbana desorganizada e eliminação inadequada de lixo.
Assim, cada vez mais as temáticas da preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável estão presentes na sociedade. Isto envolve não só a forma como usamos os recursos naturais, mas também como construímos e organizamos o nosso ambiente. Assim, a Bioconstrução se refere ao estudo e planejamento de construções ecologicamente corretas e sustentáveis.
Desta forma, a preocupação já se inicia no projeto da construção, para que o mesmo possa se adequar da melhor forma ao ambiente natural, causando o menor impacto possível. Também é estudada a possibilidade de se utilizar os recursos naturais de uma forma renovável, como, por exemplo: coleta de resíduos e reaproveitamento da água, da energia e de materiais recicláveis. Outras técnicas empregadas são o aproveitamento da luz solar, uso de telhados verdes e utilização de materiais de construção que possam se adequar ao clima da região, para proporcionar um melhor conforto térmico sem a necessidade do uso intenso de aparelhos elétricos.
A Bioconstrução é vista como um ramo essencial para as próximas décadas, tendo em vista as questões climáticas e ambientais. Com o possível aquecimento do planeta, o crescimento demográfico e o clima instável, a ideia é que haja programas governamentais que estimulem tais projetos.