No dia 07 de setembro de 2025 foi realizada a primeira etapa da Avaliação Psicológica do concurso da Polícia Civil de Minas Gerais, destinada aos cargos de Investigador, Perito Criminal e Médico Legista. A aplicação ocorreu nas dependências da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, unidade Coração Eucarístico, e consistiu em exames coletivos.
Diversos candidatos relataram problemas durante a execução dos testes. No caso do teste Palográfico, as mesas da instituição apresentavam superfície areada, o que poderia interferir no desempenho. Alguns candidatos, como os das salas 304 e 311, solicitaram que essa observação fosse registrada em ata, mas os aplicadores recusaram. A negativa levantou críticas, uma vez que a ata é considerada um documento oficial, cujo objetivo é registrar fatos relevantes que possam embasar eventuais recursos ou contestações.
Segue algumas das denúncias feitas via grupos de WhatsApp, preservada a identidade dos candidatos:
Segundo relatos houve registro desse fato, ao menos, na ata da sala 310.
Outro ponto mencionado foi a aplicação do teste de memória em salas como a 405. Também nesse caso, os candidatos afirmam que, diante das inconsistências, pediram o registro em ata, novamente sem sucesso.
Já na sala 211, durante a aplicação do TMR, houve relatos de que alguns candidatos tiveram acesso às figuras geométricas antes do início do tempo cronometrado para memorização, pois acabaram virando a prova antecipadamente. Além disso, candidatos teriam continuado a marcar respostas mesmo após o comando de interrupção.
Também em algumas salas impediram que os candidatos utilizassem o banheiro durante a realização dos testes, cumpre destacar que o horário de início dos testes era 08:00h e de finalização até às 12:00. A negativa de concessão de horário para utilização do banheiro durante a realização de um concurso público configura violação à dignidade da pessoa humana, princípio fundamental consagrado no art. 1º, inciso III, da Constituição Federal. Isso porque submeter candidatos à privação de uma necessidade fisiológica básica implica tratamento degradante e desrespeitoso, colocando em risco a saúde física e psicológica, além de comprometer a igualdade de condições na avaliação. A dignidade humana exige que o processo seletivo observe não apenas critérios de eficiência e segurança, mas também o mínimo de respeito aos direitos fundamentais dos participantes.
Esses episódios levantaram questionamentos sobre a condução da etapa psicológica, especialmente quanto à validade dos testes, à transparência e à garantia de igualdade de condições entre os participantes.
Nos dias subsequentes, tem acontecido a etapa dos exames individuais, há relatos de candidatos que, ao menos, no dia 11/09/2025 os aplicadores disseram expressamente para o candidatos, na sala de espera, para irem ao banheiro antes dos testes, porque não poderiam fazê-los apertados, pois poderia afetar os resultados. A conduta contrasta com a postura adotada no dia de aplicação dos testes coletivos, e reforça a má condução do primeiro dia de testes, apta a mudar os resultados dos candidatos. Por fim, os exames individuais transcorreram normalmente, e a redação seguirá acompanhando para mais atualizações.
No dia 17/09/2025 houve relatos de psicólogos que não permitiam que os candidatos se aproximassem da mesa para realização dos testes, o que no entender de alguns candidatos os prejudicaram. A problemática que se apresenta é que quando os candidatos tentaram registrar em ata, tal pedidos lhes foi negado, indevidamente.